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Lula promove cúpula com líderes caribenhos em Brasília

Encontro ocorre na próxima sexta com foco na integração regional

Em uma tentativa de reforçar as relações com os países caribenhos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá em Brasília, na próxima sexta-feira, com líderes da região. Na pauta, estão desde uma declaração conjunta sobre mudanças climáticas e segurança alimentar até a discussão de uma política de céus abertos e a integração física, com estradas e portos, que permitam o o e o aumento do turismo e dos negócios.

— O presidente Lula teve a ideia de retomar a relações com o Caribe. Ele já foi a quatro eventos da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) ao longo de dois anos e meio. O lema poderia ser aproximar para unir. Será uma cúpula para discutir resultados concretos e problemas reais — explicou Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe.

Segundo ela, entre os problemas de conectividade entre o Brasil e os países da região, um deles é a dificuldade no comércio. Hoje, as nações caribenhas compram alimentos brasileiros nos Estados Unidos. Para chegar ao Caribe, é preciso ar por Miami.

Entre as ações a serem debatidas, estão investimentos em um porto de águas profundas e em estradas ligando Roraima à Guiana e ao Suriname. A implantação de uma política de céus abertos, com a liberação de voos para o Caribe também está em discussão.

— A representatividade internacional do Brasil no mundo depende de uma sólida base regional — afirmou Padovan.

Uma declaração conjunta, com a defesa de compromissos para mitigar os efeitos do aquecimento global, deve ser assinada durante a Cúpula Brasil-Caribe. A ideia é reforçar o apelo por mais financiamento tanto pelos países como por organismos multilaterais de crédito, que estarão presentes no evento.

Segurança alimentar é outro tema previsto. Hoje, os países caribenhos importam 60% da comida que consomem, enquanto o Brasil fornece alimentos para cerca de 1,6 bilhão de pessoas no mundo.

Outros temas a serem tratados são gestão de risco de desastres e a situação no Haiti, considerada dramática pela diplomata. Há graves problemas de segurança, políticos e de desenvolvimento.

A reunião acontecerá, a partir de 9h, no Palácio do Itamaraty.

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