Após Kassab e Nunes, presidente da Alesp ite possibilidade de suceder Tarcísio em São Paulo
André do Prado (PL) tem amparo entre deputados e, assim como os demais, condiciona candidatura ao apoio do atual governador
O deputado estadual André do Prado (PL), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), itiu, nesta terça-feira, 25, que pode se candidatar ao governo estadual caso o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decida disputar a presidência da República em 2026.
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Ele condiciona a escolha, entretanto, ao "grupo político da direita" formado por aliados, e alega que a chance mais provável neste momento é a de Tarcísio tentar um novo mandato no estado.
— Eu tenho 32 anos de vida pública, já fui vereador duas vezes, vice-prefeito, prefeito e estou no meu quarto mandato como deputado, hoje presidindo a Assembleia numa reeleição. Nunca tive medo de desafios na minha vida em todos os cargos em que eu fui escolhido — afirmou em conversa com jornalistas após evento da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), no Memorial da América Latina, centro de eventos da capital paulista.
Prado é o terceiro a afirmar publicamente a intenção de concorrer ao cargo com aval de Tarcísio.
Nesta semana, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, secretário estadual de governo, e Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, posicionaram-se nesse sentido.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), também é cotado e tem a simpatia do senador bolsonarista Ciro Nogueira, líder do Progressistas, mas por ora não comenta.
O Globo já havia informado anteriormente que deputados estaduais da base aliada de Tarcísio aram a levantar a possibilidade de Prado se candidatar a governador ou vice depois dos resultados obtidos nas eleições municipais de 2024.
Eles entendem que o presidente da Alesp saiu fortalecido por vitórias do PL no interior do estado e teria chances de angariar apoios amplos no centro e na direita, além de ser próximo de Valdemar Costa Neto.
Segundo ele, as discussões sobre o assunto só ocorreriam com a confirmação de Tarcísio como candidato a presidente contra Lula (PT) no próximo ano, o que depende de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abandonar os seus planos de ir às urnas mesmo inelegível até 2030.
Na noite de ontem, Tarcísio reafirmou a intenção de se candidatar à reeleição com Bolsonaro concorrendo a presidente em entrevista a um podcast ao lado do padrinho político.
O próprio deputado, contudo, não havia falado publicamente sobre essa possibilidade até esta terça. Ele também ponderou que a candidatura deve se inserir em um "tabuleiro político".
Ou seja, deve ser decidido pela coligação com base ainda na vaga de vice, nas duas cadeiras renovadas no Senado e na articulação partidária em nível federal, caso ocorra. Siglas como PSD, MDB, PP e União Brasil estão com Lula em Brasília e Tarcísio em São Paulo.
— Estamos aguardando as possibilidades, as variáveis que vão ocorrer nesse cenário, como a candidatura ou não do nosso ex-presidente Bolsonaro. Essa decisão não é unilateral, é de uma composição — disse Prado. Ele citou também como possível candidato, além de Kassab, Nunes e Derrite, o atual vice-governador do estado, Felício Ramuth (PSD).
O aliado de Valdemar e Tarcísio ainda ressaltou que a construção da chapa deve obedecer tanto à articulação política quanto a uma preferência pessoal do governador paulista.
— Acho que está relacionado às duas coisas. Primeiro, o governador tem que escolher alguém para dar sequência ao trabalho que ele vem fazendo, caso ele ocupe um cargo diferente no tabuleiro eleitoral no ano que vem. Ele tem que escolher uma pessoa que está preparada, que tenha o mesmo sentimento dele, que vai dar sequência a todo o trabalho que está sendo feito. Muitos projetos são de longo prazo — argumenta. — Mas, lógico que os partidos são importantes.