Logo Folha de Pernambuco
VIOLÊNCIA

Técnico de enfermagem é denunciado pelo MPRJ por estupro de paciente em hospital no Rio

Vítima estava em estado de extrema vulnerabilidade física após sofrer um acidente de carro

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta quarta-feira, um técnico de enfermagem pelos crimes de estupro de vulnerável e fornecimento de medicamento em desacordo com prescrição médica. A violência sexual foi praticada contra uma paciente internada no Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte da capital.

Os
crimes ocorreram no dia 14 de maio de 2025, na enfermaria onde a vítima, em estado de extrema vulnerabilidade física, encontrava-se internada após sofrer um acidente de trânsito, destaca o MP.

Segundo ao Ministério Público, o técnico de enfermagem aproveitou-se de sua condição de servidor do hospital e ministrou à vítima, de 24 anos, e uma dose excessiva de ansiolítico, que estava em desacordo com a prescrição médica, para reduzir sua capacidade de resistência e facilitar a prática da violência sexual. Ele deu à paciente dois comprimidos de Clonazepam, em uma dose oito vezes superior à prescrita pelos médicos. A superdosagem do medicamento, afirmou o Ministério Público.

O acusado foi preso em flagrante e estava preso preventivamente. O MP requereu a manutenção da prisão preventiva do denunciado, destacando a gravidade dos fatos e a necessidade de garantir a ordem pública, preservar a instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal.

O que a vítima relatou
De acordo com o relato da vítima, o técnico teria se aproveitado do momento em que realizava a higiene da paciente para ar a mão em suas partes íntimas. Horas depois, ainda durante a madrugada, ele teria retornado ao leito onde ela estava internada e feito novas investidas.

Segundo a paciente, o homem a ameaçou, afirmando que injetaria um líquido em seu corpo caso ela denunciasse o abuso. Em seguida, conforme o relato feito à direção do hospital, o técnico teria colocado o pênis na boca da vítima e ejaculado.

A denúncia foi encaminhada imediatamente ao supervisor de enfermagem da unidade, que acionou a direção do hospital. Confrontado por seus superiores, o funcionário negou as acusações, mas foi conduzido à 22ª DP para prestar depoimento.

Newsletter