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COLORADO

Suspeito de ataque nos EUA contra ato por reféns de Israel é imigrante em situação irregular

Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, entrou nos EUA vindo do Egito em agosto de 2022

O suspeito do ataque terrorista em Boulder, no Colorado, contra apoiadores de reféns israelenses em Gaza é um cidadão egípcio que está nos Estados Unidos com um visto de turista vencido, segundo informou o Departamento de Segurança Interna nesta segunda-feira.

O suspeito, Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, entrou nos Estados Unidos vindo do Egito em agosto de 2022 e permaneceu ilegalmente depois que o visto expirou em fevereiro de 2023, disse Tricia McLaughlin, porta-voz do Departamento de Segurança Interna.

O atentado ocorreu no Pearl Street Mall, no centro de Boulder, durante uma caminhada organizada pelo grupo “Run for Their Lives” (“Corrida pela vida deles”, em tradução livre), que promove atos semanais em memória dos reféns israelenses capturados pelo Hamas em 2023. Até então, segundo o grupo, nenhuma dessas manifestações havia registrado episódios de violência.

De acordo com o FBI, o agressor utilizou um “lança-chamas improvisado” para atacar os manifestantes, incluindo homens e mulheres com idades entre 52 e 88 anos.

Soliman foi fichado por acusações que incluem tentativa de homicídio em primeiro grau e uso de explosivos ou dispositivo incendiário durante a prática de um crime. Essas acusações, porém, ainda podem ser ajustadas pela promotoria.

Durante o ataque, ele teria gritado “Free Palestine” (“Palestina livre”), de acordo com Mark D. Michalek, agente especial encarregado do escritório do FBI em Denver, o que levou o governador do Colorado, Jared Polis, que é judeu, condenar o atentado como “um ato hediondo e direcionado à comunidade judaica”. Já primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também se pronunciou, dizendo que as vítimas foram atacadas “simplesmente porque eram judias”.

O diretor do FBI, Kash Patel, descreveu o ataque como “terrorismo direcionado”, e o procurador-geral do estado, Phil Weiser, afirmou que os indícios apontam para um “crime de ódio, dado o grupo visado”.

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