SRAG infantil: classificação de risco garante prioridade a casos mais graves nas emergências
O procedimento técnico é essencial para a segurança assistencial e visa garantir que pacientes em situação mais grave recebam atendimento prioritário
Diante da Situação de Emergência em Saúde Pública decretada no Estado de Pernambuco, em razão do aumento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a Fundação Manoel da Silva Almeida (FMSA)/ Hospital Maria Lucinda reforça à população a importância do cumprimento dos protocolos de classificação de risco nas portas de entrada dos serviços de urgência e emergência.
O procedimento técnico é essencial para a segurança assistencial e visa garantir que pacientes em situação mais grave recebam atendimento prioritário, mesmo que tenham chegado depois de outros.
Leia também
• Vivo abre inscrições para mais de 450 vagas de estágio; há oportunidades para Pernambuco
• CESAR School abre 5 mil vagas em cursos gratuitos de tecnologia; saiba como se inscrever
• Com curso de fabricação de móveis para pets, Senai-PE oferta 1.260 vagas de aperfeiçoamento
A Fundação é responsável pela gestão de sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e dois hospitais regionais da Rede Estadual de Saúde de Pernambuco e todos os equipamentos seguem rigorosamente os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Protocolos de classificação de risco
Os modelos preveem triagem inicial realizada por enfermeiros capacitados, com base em critérios clínicos como sinais vitais, sintomas, tempo de evolução do quadro e nível de consciência.
O protocolo utilizado nas unidades sob gestão da FMSA segue o modelo BH SUS, com cores que indicam o grau de urgência: vermelho (emergência), amarelo (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente).
Esse processo garante que pacientes em estado mais grave, especialmente crianças e recém-nascidos com sinais de alerta respiratórios, sejam priorizados no atendimento; mesmo que tenham chegado após outros pacientes.
Durante os períodos de sazonalidade, como os meses mais frios ou de maior circulação viral, observa-se um crescimento expressivo na demanda por atendimento, sobretudo entre crianças com sintomas respiratórios. No mês de maio, por exemplo, a UPA Paulista realizou 2.132 atendimentos pediátricos, dos quais 37,8% foram relacionados a quadros respiratórios.
“Nessas ocasiões, a classificação de risco cumpre um papel ainda mais relevante, ajudando a priorizar os casos que apresentam sinais de alerta. Casos leves, embora gerem apreensão entre familiares, não configuram urgência clínica e, por isso, podem ter tempo maior de espera”, destaca a coordenadora de Enfermagem da UPA Paulista, Regina Ventura.
Alto risco
Em casos classificados como vermelho, há risco iminente de morte e o atendimento precisa ser imediato. Já no nível amarelo, o paciente precisa ser atendido rapidamente, mas pode aguardar um curto período. Pacientes verdes e azuis apresentam condições estáveis e sem risco imediato, sendo orientados a aguardar ou, quando possível, redirecionados para a rede de atenção primária.
Neste período de situação de emergência do estado entre o público pediátrico, a classificação de risco torna-se ainda mais estratégica para organizar o fluxo e salvar vidas.
“A triagem não é um julgamento. É um protocolo técnico baseado em critérios objetivos, executado por profissionais treinados. Respeitá-lo é essencial para garantir que quem mais precisa receba o cuidado com a rapidez necessária”, reforça Ventura.