Pelo menos 31 mortos em Gaza após disparos israelenses perto de centro de ajuda
Ataque israelense atinge civis em busca de ajuda alimentar em Gaza, deixando mortos e feridos em meio a crise humanitária extrema
Pelo menos 31 pessoas foram mortas e mais de 176 ficaram feridas neste domingo (1º) depois que disparos israelenses atingiram um grupo de pessoas que se dirigia a um centro de distribuição de ajuda alimentar americano na Faixa de Gaza, de acordo com um novo balanço da Defesa Civil.
Os feridos foram levados para o hospital Nasser em Khan Yunis, no sul de Gaza, por equipes da Defesa Civil e carroças de burro, afirmaram.
"Havia muitas pessoas, era um caos, havia gritos, empurrões e empurrões (...) o Exército estava atirando com drones e tanques", disse à AFP Abdallah Barbakh, DE 58 anos, que estava no centro de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), uma empresa privada apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.
Leia também
• EUA afirmam que resposta do Hamas a proposta de trégua em Gaza é 'inaceitável'
• Trump critica China, defende tarifas e diz que EUA estão perto de acordos no Irã e em Gaza
Imagens da AFP mostram moradores colocando vários cadáveres em uma carroça.
Uma multidão de homens, alguns carregando pacotes, também é vista retornando do centro de distribuição em meio a uma paisagem devastada.
Uma pessoa foi morta e várias ficaram feridas por disparos israelenses perto de outro local de distribuição de alimentos no centro de Gaza.
A situação humanitária é muito grave neste território palestino, onde "100% da população" está "ameaçada pela fome", segundo a ONU.
Durante mais de dois meses, Israel impediu a entrada de ajuda humanitária e somente na semana ada aliviou o bloqueio.
Israel estabeleceu um novo sistema de distribuição de ajuda por meio da GFH, muito criticada pelas organizações humanitárias internacionais.
Questionado pela AFP, o Exército israelense disse que estava examinando os fatos relatados pela Defesa Civil.