Marinheiro retorna de missão e descobre que família doou seu cachorro: "Ele é meu coração"
Militar ficou por oito meses em missão no Oriente Médio, mas não foi informado sobre doação
Após voltar para casa depois de uma missão de oito meses no Oriente Médio, o marinheiro da Marinha dos Estados Unidos, Paulo Silva, não conseguiu celebrar seu retorno. Ele descobriu que seu cachorro Archie, um golden retriever de 5 anos, havia sido doado por um membro da família que havia concordado em cuidar do animal durante sua viagem.
“Enquanto eu estava fora, aconteceu algo que eu não tinha absolutamente nenhum conhecimento e com o qual jamais teria concordado: meu cachorro foi doado sem o meu conhecimento ou consentimento,” escreveu Silva nas redes sociais.
Entenda o caso
Silva estava a bordo do navio USS Harry S. Truman, durante a missão de 251 dias do porta-aviões ao Oriente Médio, onde a embarcação foi atacada pelos Houthis, grupo terrorista apoiado pelo Irã, segundo o jornal americano Navy Times. Mesmo assim, o marinheiro falava com a família regularmente, mas nunca foi informado de que Archie estava tendo dificuldades para se adaptar ao novo ambiente.
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O militar é natural de Freehold, Nova Jersey, mas mora na Virgínia. Ele descreve Archie como seu companheiro, tendo ado por tudo juntos, até o cachorro ser levado para ficar com os familiares em Toms River, também em Nova Jersey, pouco antes da ida do marinheiro ao Oriente Médio, em outubro do ano ado.
Silva também descreveu seu vínculo com Archie como “insubstituível”:
“Eu amo esse cachorro mais do que palavras podem expressar, mais do que a própria vida", afirmou. “Este cachorro não é apenas um animal de estimação para mim. Ele é meu coração, meu companheiro, e uma parte da minha alma que me ajudou a atravessar alguns dos momentos mais difíceis da minha vida".
“Disseram que meu cachorro não estava se adaptando bem, que ele estava tendo problemas para ficar na casa. Mas várias pessoas cuidaram dele antes, sem nenhum problema,” contou Silva em depoimento ao jornal Asbury Park Press.

A justificativa do familiar foi que, por conta da não adaptação, ele “não tinha escolha” a não ser doar o animal. Silva, que retornou para casa no último domingo, dia 1º de junho, começou a procurar Archie e fez um apelo nas redes sociais para ajudar a localizar o homem que havia acolhido o cachorro.
“Estou me manifestando publicamente não por raiva, mas por tristeza. Estou pedindo respeitosamente que considerem devolver meu cachorro para mim,” escreveu. “Estou implorando a você, não apenas como um veterano, mas como alguém que perdeu algo profundamente precioso sem ter escolha ou voz sobre o assunto.”
Com a ajuda da polícia de Toms River e do Condado de Monmouth, de um grupo de veteranos e do Facebook, o marinheiro localizou Archie na tarde dessa quarta-feira.
“Estou muito feliz em compartilhar que Archie voltou em segurança para mim. Quero sinceramente agradecer à família que cuidou dele durante esse tempo,” escreveu Silva, que também publicou uma foto de seu cachorro feliz, com a língua para fora, no momento do reencontro. “Estou completamente emocionado com o amor e apoio que todos demonstraram pela volta do meu Archie Barchie".
Apesar do ocorrido, o marinheiro pediu para que as pessoas parem de ameaçar e atacar sua família por ter doado Archie, afirmando ter sido uma situação "difícil para todos os envolvidos", que precisam seguir em frente com "bondade, compreensão e respeito": “A família não tem culpa, e acredito que todos podemos concordar que é hora de deixar esse capítulo para trás pelo bem de todos, especialmente Archie,” ressaltou.