EUA diz que plano do Egito sobre Gaza ''não satisfaz expectativas'' de Trump
O acordo proposto "não cumpre os requisitos, a natureza, do que pedia o presidente Trump", disse o porta-voz
O Departamento de Estado americano disse nesta quinta-feira (6) que um plano liderado pelo Egito para a reconstrução de Gaza não cumpre as "expectativas" do presidente Donald Trump, que adiou a remoção em massa de palestinos desse território assolado pela guerra.
O acordo proposto "não cumpre os requisitos, a natureza, do que pedia o presidente Trump", disse à imprensa a porta-voz da pasta, Tammy Bruce. "Não satisfaz as expectativas", frisou.
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Pouco antes, o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, afirmou que o plano egípcio era "um primeiro o de boa-fé".
"Temos que conversar mais sobre isso, mas é um primeiro o de boa-fé por parte dos egípcios", disse Witkoff aos jornalistas na Casa Branca.
O enviado assinalou que Trump obteve sucesso em "incentivar outras pessoas no Oriente Médio – do mundo de Oriente Médio – a apresentar propostas proativas" que poderiam "ser consideradas".
O presidente americano apresentou recentemente uma proposta para que os Estados Unidos assumam o controle da Faixa de Gaza e sua população seja removida para outros países, uma ideia condenada amplamente em todo o mundo.
Os líderes árabes buscaram apoio para um plano alternativo que financiaria a reconstrução de Gaza através de um fundo fiduciário.
Em publicação nas redes sociais na quarta-feira, Trump ameaçou de "morte" a "população de Gaza" se os reféns que restam não forem libertados.
"Para a população de Gaza: um lindo futuro os espera, mas não se retiverem os reféns. Se fizerem isso, estão MORTOS! Tomem uma decisão INTELIGENTE", escreveu Trump em sua rede Truth Social.
Witkoff sugeriu que essa ameaça pode ser uma antecipação de uma ação conjunta contra o grupo islamista palestino Hamas, no momento em que o acordo de cessar-fogo está em risco.
"Acho que vai acontecer alguma ação. Poderia ser conjunta com os israelenses", afirmou. "Não está claro agora, mas acho que o Hamas tem a oportunidade de agir de forma razoável, de fazer o correto e depois sair de cena. Eles não vão fazer parte de um governo lá", disse.