Conheça as exigências para integrar a força armada da GM do Rio
Uma das exigências é não ter envolvimento com milícia ou tráfico
Aprovada pela Câmara de Vereadores nessa terça-feira, a Divisão de Elite da GM-Rio - Força Municipal, a guarda armada carioca, tem uma extensa lista de exigências para quem quiser integrá-la.
Os candidatos serão submetidos a rigorosos exames de saúde, de aptidão física e toxicológicos, e serão eliminados aqueles com obesidade mórbida, cicatriz cirúrgica ou queimadura que leve a limitação funcional de qualquer segmento do corpo; câncer, sejam dependentes químicos ou sejam portadores de doenças cardíacas graves.
Antes de participar dos cursos, os candidatos terão que cumprir uma série de exigências. O processo de escolha dos agentes tem algumas curiosidades. Um deles é a realização de uma investigação social prévia dos candidatos.
Leia também
• RJ: megaoperação da Polícia Civil no Complexo de Israel leva pânico à av. Brasil e Linha Vermelha
• Câmara do Rio aprova projeto que cria força de segurança armada
• Impactos da violência atingem mais da metade dos alunos no Grande Rio
Para reunir elementos para esse processo, os agentes terão que preencher um formulário respondendo a questionário com perguntas como: 'Você mantém relacionamento próximo, pessoal ou profissional, com pessoa(s) investigadas ou processadas criminalmente?''. Outro item pede para responder se ''já frequentou locais ou participou de eventos associados a atividades ilícitas, milícias ou facções criminosas'', detalhando em que condições isso teria acontecido.
Aqueles itidos para a Força Municipal, que deve entrar em vigor em fevereiro, vão trabalhar armados no policiamento ostensivo, preventivo e comunitário, não participando de operações policiais. O projeto ganhou adesão de 34 vereadores contra 14 nessa terça-feira, e teve uma série de emendas para sua finalização, sendo bem diferente da proposta original da prefeitura, que previa a criação de um serviço especializado fora da estrutura da Guarda Municipal.
Entre as emendas que aram está a previsão de que veículos e uniformes desses agentes deverão ser equipados com câmeras de monitoramento, de forma progressiva.
— Ter uma divisão de elite na GM era uma promessa de campanha do prefeito. A ideia agora é equipá-la com equipamentos de padrão estabelecido para as forças de segurança, como pistolas .40 — disse o vice-prefeito Eduardo Cavaliere.
O valor das compras ainda não foi divulgado. A aquisição entanto, deve ocorrer por etapas, a medida que os agentes forem formados.
Emendas aprovadas
Outra mudança no texto original a a permitir que as forças de elite possam manter o porte de arma fora do expediente. Pelo texto original, os agentes deveriam deixá-las em locais previamente indicados pelo município, quando não estivessem trabalhando.
Entre os que votaram a favor do projeto estava Pedro Duarte (Novo) considerado independente. Mesmo assim, ele revelou ter ressalvas em relação à possibilidade de itir agentes temporários para o projeto:
— Houve avanços entre a primeira e a segunda votação. Um exemplo foi a emenda que prevê o uso de câmeras corporais. E a que permite levar a arma para casa. Mas ainda tenho críticas. Para onde esses agentes temporários irão após terminado s os contratos temporários? Muitos deles serão aliciados pelo crime.
A bancada do PL ainda tentou, sem sucesso, uma manobra para tentar adiar a votação. Mas não conseguiu as 17 s necessárias para retirar o projeto de pauta. Nas articulações para garantir um placar elástico, Paes exonerou provisoriamente três secretários para que pudessem participar da votação: Tainá de Paula (Meio Ambiente), Márcio Santos (Economia Solidária) e Felipe Michel (Envelhecimento Saudável).
— Não conseguimos apoio para o substitutivo, que não previa a contratação de agentes temporários, que é o grande problema desse projeto. O que se votou hoje foi a criação de uma milícia armada e o fim da GM como instituição — disse Messina.