Eólica Tecnologia lança empresa para atuar no varejo da energia
Eólica Tecnologia vê uma oportunidade de negócio no varejo da energia
Pioneira na geração de energia eólica no Brasil, a empresa pernambucana Eólica Tecnologia lança uma subsidiária, a Eólica Energy Bank, para atuar na venda de energia no varejo. “É a nossa empresa de Geração Distribuída (GD) com vários projetos no Brasil”, explica o presidente da Eólica Tecnologia, Everaldo Feitosa, um dos primeiros a falar do grande potencial do Nordeste neste tipo de energia.
Embora tenha o nome de banco, a empresa vai operar com o varejo de energia, de olho nos pequenos clientes, que podem comprar energia de projetos de geração distribuída. “Não é um banco”, comenta Feitosa.
Segundo o empresário, o nome da nova empresa tem a ver com o fato de que, “no mundo inteiro”, a energia ou a funcionar como a geração de um ativo financeiro, que o dono pode injetar na rede elétrica, compensar, ou então deixar lá e “retirar um tempo depois”. Por isso, a subsidiária do varejo contém o nome bank, banco em inglês.
A empresa tem projetos de geração de energia para vender no varejo em São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Os clientes que aderirem a este tipo de venda terão uma redução, em média, de 20% na conta de energia, comparando com o preço da tarifa cobrada pela distribuidora de energia.
“Mudamos o nosso foco e estratégia para entrar no varejo”, diz Everaldo. A empresa começou a vender energia no varejo em janeiro. Antes, comercializava energia por meio dos leilões oficiais realizados pelo governo federal e para grandes clientes no mercado livre.
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Energia no varejo, o mercado promissor das renováveis
Vender energia renovável no varejo tornou-se uma atividade mais atrativa economicamente por vários motivos. Primeiro, a entrada das geradoras no varejo acena para o futuro em que os pequenos comércios e indústrias vão fazer parte do mercado livre a partir de julho de 2026 e os demais consumidores pequenos, em dezembro de 2027.
O outro motivo é que a geração de energia renovável por parques de geração centralizada, tanto eólica como solar, tornou-se uma atividade desafiadora com os cortes de geração realizados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e também com a falta de infraestrutura nas linhas de transmissão para escoar mais energia do Nordeste para outras regiões.
Os parques centralizados são os que têm um porte maior e não fazem parte da geração distribuída, que tem um limite de capacidade instalada de até 3 megawatts (MW).
Já os cortes de geração são definidos pelo ONS, quando há um excesso de geração de energia no sistema num horário de pouco consumo, em tese. Por isso, o ONS determina que as empresas produzam menos energia do que o previsto.
“Continuamos com projetos centralizados aguardando a conexão com a rede elétrica”, diz Everaldo. A empresa tem projetos que totalizam mais de 1 mil MW de capacidade instalada no Nordeste esperando a liberação das conexões, que são dadas pelo ONS. A maioria das conexões de projetos no Nordeste foi suspensa pelo ONS, por vários motivos, em janeiro último, por vários motivos, incluindo a falta de linha de transmissão para escoar a energia destes futuros empreendimentos.
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