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BALANÇO

Exportações de veículos crescem 56,6% até maio, impulsionadas pelo aquecimento do mercado argentino

Segundo a Anfavea, foram embarcados mais de 200 mil unidades para o país vizinho no ano

As exportações de veículos chegaram a 51,5 mil unidades embarcadas em maio, quase o dobro do volume registrado em igual período do ano ado. No ano, elas ultraaram 200 mil unidades, uma alta de 56,6%. Os dados são do balanço mensal da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

“Tivemos bons resultados de exportações em função do aquecimento do mercado argentino, e uma boa média diária de vendas domésticas em maio, de 10,7 mil unidades. O recuo na produção, porém, indica perda de participação de vendas para os importados, além de certa cautela dos fabricantes em relação à expectativa de vendas nas próximas semanas”, avaliou o presidente da Anfavea, Igor Calvet.

No sentido contrário da balança comercial, as importações continuam ganhando terreno, alcançando a marca de 190 mil no acumulado do ano, 39,7 mil unidades apenas em maio.

Já a venda de veículos automotores atingiu a marca de 986,1 mil unidades de janeiro a maio de 2025, o que representa uma elevação de 6,1%, com relação ao mesmo período do ano ado.

No mês de maio, o emplacamento de veículos registrou crescimento de 8,1%, com 225,7 mil unidades comercializadas no mercado interno.

Produção em queda
Segundo o balanço, a produção registrou queda de 5,9% em relação a abril, com 214,7 mil unidades. Na comparação com maio de 2024 houve crescimento de 28,8%, entretanto a entidade destaca que a base do ano ado é comprometida pelos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.

No acumulado do ano, a produção ainda é 10,6% superior em relação ao mesmo período do ano ado, somando 1.025,2 mil unidades.

Segundo o apurado pela Anfavea, os modelos estrangeiros representaram 54% do crescimento do mercado brasileiro, sendo que no segmento de automóveis eles responderam por 65% dessa elevação.

“Há um saudável aumento do fluxo comercial com a Argentina, mas no caso dos modelos vindos da China, verificamos um ingresso atípico, beneficiados por uma taxação bem inferior à que vemos em outros países produtores, o que gera uma perigosa distorção em nosso mercado”, afirmou Calvet.

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