Vik Muniz abre exposição inédita no Instituto Ricardo Brennand, no Recife; visitação começa dia 13
"A olho nu" é a maior mostra retrospectiva do artista com acervo de mais de 200 obras
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Com curadoria de Daniel Rangel, diretor do Museu de Arte Contemporânea da Bahia, a partir de amanhã, o Instituto Ricardo Brennand apresenta a maior exposição (e inédita) de Vik Muniz, "A olho nu", um dos maiores nomes da arte contemporânea do Brasil. Nesta quinta (12), a mostra será apresentada, com a presença do artista, em vernissage apenas para convidados.
A mostra restrospectiva "A olho nu" ficará em cartaz de 13 de junho a 31 de agosto de 2025, percorrendo um arco temporal que começa nos anos 1980 até os dias de hoje.
Ao todo, mais de 200 trabalhos ocuparão a Galeria Lourdes Brennand, com quase mil metros quadrados de área, e pé direito de sete metros.
"A olho nu" é uma oportunidade e tanto para explorar a obra desse artista que flerta com o tempo inteiro com fotografia, escultura, pintura, e realiza interferências únicas com materiais diversos, como açúcar, chocolate, caviar e diamantes. Absolutamente tudo pode se transformar em arte nas mãos de Vik.
Atualmente, suas obras integram acervos doCentre Georges Pompidou, Paris; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madri; Museum of Contemporary Art, Tóquio; Solomon R. Guggenheim Museum, e Museum of American Art, em Nova York, Estados Unidos; e Tate Gallery, Londres.
Especial
para o IRB
Especialmente para a exposição, Vik Muniz criou a obra “Concretismo Clássico” (2025), da série “Relicário", em mármore, quartzito e granito, uma alusão aos seus trabalhos iniciais, tridimensionais, e às esculturas presentes no Instituto Ricardo Brennand.
A mostra é uma realização do Instituto Ricardo Brennand em parceria com a Galeria Nara Roesler, e patrocínio do BC Investimentos S.A., a partir da Lei de Incentivo Federal à Cultura, do Ministério da Cultura.
Ilusionista
e agricultor?
“Vik Muniz é um ilusionista - um mágico na construção de imagens que não existem, mas que se tornam reais”, afirma Daniel Rangel.
“Suas obras possuem camadas que tensionam diferentes questões de cunho poético - aspectos formais e processuais - e político, abordagens e relações que estabelecem com o sistema da arte”. O curador complementa: “As obras dialogam com essas camadas do cotidiano, atravessando os espectadores por meio de um encantamento visual e um deslumbramento processual que despertam distintas interpretações cognitivas e sentimentos de afetividade e pertencimento”.
Rangel denomina Vik Muniz de “fotógrafo agricultor”, “um jardineiro que utiliza sementes diversas - açúcar, chocolate, caviar, diamantes, brinquedos de plástico, revistas, cartões-postais e até mesmo resíduos - que florescem em potentes imagens, ‘re-retratando’ aquilo que parece já termos visto”.
O artista cria imagens usando determinados materiais, e as fotografa. “Isso captura nosso olhar e ativa nossa mente”, assinala Daniel Rangel. “Sem dúvida, Vik se tornou um dos principais fotógrafos agricultores da atualidade, seja por sua projeção internacional, seja pela longevidade de sua prática e pelas inúmeras séries que realizou”.
O acervo
Além das obras iniciais de Vik Muniz, dos anos 1980, algumas das 37 séries de obras que serão exibidas são: “Imagens de arame”, “Imagens de linha”, “Crianças de açúcar”, “Imagens de terra”, “Imagens de chocolate”, dos anos 1990; “Imagens de caviar”, “Imagens de diamantes”, “Pictures of Earthworks”, “Imagens de sucata”, “Imagens de lixo”, dos anos 2000; “Dinheiro Vivo” (2022 e 2024), e obras feitas com manteiga de amendoim e geleia - “Duas vezes Mona Lisa" (1999), da série "After Warhol”; com um prato de macarrão e molho - “Medusa Marinara” (1997); ou com feijão: “Che, a partir de Alberto Korda” (2000).
SERVIÇO
"A olho nu" de Vik Muniz
Onde: Instituto Ricardo Brennand, Várzea, Recife
Quando: de 13 de junho a 31 de agosto de 2025
Informações: (81) 2121-0365
Ingressos no Ticket Mais e na bilheteria do IRB, a partir de R$ 27,50 (meia-entrada)
Instagram: @institutorb