Segunda temporada de "DNA do Crime" traz mais ação e aprofundamento dos personagens, diz elenco
Série brasileira da Netflix, criada e dirigida pelo pernambucano Heitor Dhalia, estreia novos episódios nesta quarta-feira (4)
Explosões, perseguições e trocas de tiros embalam a nova leva de episódios de “DNA do Crime”. A série brasileira da Netflix, que cativou o público estrangeiro, estreou sua segunda temporada nesta quarta-feira (4), prometendo ainda mais ação e algumas reviravoltas.
Criada e dirigida pelo diretor pernambucano Heitor Dhalia, a produção liderou o ranking das produções não faladas em inglês da Netflix na semana de estreia da sua primeira temporada. Foram mais de 6 milhões de visualizações, segundo a plataforma.
O alcance global do serviço de streaming - que está presente em mais de 190 países - fez com que os atores da série fossem reconhecidos onde eles menos esperavam. “Estava no Festival de Marrakech, no Marrocos, quando um dos policiais da guarda do rei me chamou pelo nome. Na hora, a ligação que fiz foi o filme que estava sendo exibido lá, mas ele falou que estava vendo ‘Criminal Code’ [título internacional da série]. Fiquei muito impressionada”, confessa Maeve Jinkings.
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A atriz é uma das protagonistas da trama. Ela interpreta Suellen, policial que forma dupla com Benício, interpretado por Rômulo Braga. Trabalhando juntos na Polícia Federal, eles seguem os rastros de uma quadrilha especializada em grandes assaltos e com fortes conexões internacionais, desmantelando o esquema dos criminosos.
A nova temporada já começa cheia de tensão e adrenalina, com uma operação que resulta na morte de um agente próximo aos protagonistas. Entre problemas pessoais, novos desafios profissionais e troca de comando na polícia, Suellen e Benício aprofundam a parceria e seguem incansáveis na luta contra a Quadrilha Fantasma.
Rômulo Braga ressalta as mudanças dos personagens nos novos episódios. “Eles caminharam na escala humana de aprendizado e transformação. O Benício volta um pouco mais resignado e com uma maturidade diferente, um pouco mais leve. Mas continua se perguntando coisas e, no final, entende uma coisa grande dentro dele”, entrega.
Para Maeve, o grande trunfo da série é o aprofundamento emocional dos personagens. “Quando você mergulha na psicologia deles, há chance de humanizar essas figuras assim. Acho que para mim, inclusive, fazer ‘DNA do Crime’ deu uma perspectiva muito diferente de quem são essas figuras que representam as forças de segurança”, diz a atriz.
Do lado dos criminosos, a série também busca uma representação que evita maniqueísmos ou estereótipos. Sem Alma, assaltante vivido pelo pernambucano Tomás Aquino, é um bom exemplo disso. Apesar da alcunha, o personagem demonstrou sentimentos complexos ao longo da primeira temporada, o que segue sendo explorado nos novos episódios.
“Ninguém nasce escolhendo ser um bandido. Acho que as oportunidades sociais, às vezes, são muito injustas. Sem Alma, para mim, é um cara que está em constante sobrevivência, mas tem suas questões. Ele tem um filho na primeira temporada, e a gente vê ele tentando sair do crime”, afirma o ator.
Alex Nader vive Isaac, líder da temida Quadrilha Fantasma, que ganha mais destaque na segunda temporada da série. O ator aponta ainda outra marca de “DNA do Crime”, que é a aposta alta nas cenas de ação, permeadas de efeitos especiais e uma estrutura gigante para fazer tudo sair do papel.
“A série consegue juntar tudo e numa cena só: explosão, capotagem, helicóptero, tiroteio. É muita gente trabalhando ao mesmo tempo no set e mais outras tantas do lado de fora, dando e. É uma adrenalina muito bacana, mas a gente também precisa de preparo físico para isso”, ressaltou Alex.
Assim como na temporada anterior, alguns dos acontecimentos presentes no roteiro têm inspiração em assaltos e eventos criminais da vida real. O público mais atento ao assunto deve identificar de cara a referência ao assalto ao Banco Central em Fortaleza, que ocorreu em 2005, quando bandidos invadiram o cofre da instituição através de um túnel de 80 metros de extensão.