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"Chespirito: Sem Querer Querendo": tudo sobre a série que conta a história do criador de "Chaves"

Produção da Max retrata a vida pessoal e a trajetória profissional do mexicano Roberto Gómez Bolaños

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Quem cresceu rindo das trapalhadas de Chaves e sua turma deve estar curioso para ver “Chespirito: Sem Querer Querendo”. A nova série da Max, que estreia nesta quinta-feira (5), conta parte da história do mexicano Roberto Gómez Bolaños, criador do personagem querido em toda a América Latina. 

Com oito episódios lançados semanalmente na plataforma de streaming, a produção biográfica revisita a construção de um legado que atravessa gerações. A Folha de Pernambuco teve o antecipado aos três primeiros e adianta esperar do seriado. 

O que a série aborda?
Abrangendo tanto a vida profissional como o lado pessoal do comediante, a narrativa eia por tempos diferentes em um mesmo episódio, sem seguir necessariamente uma ordem cronológica dos acontecimentos.

O roteiro mostra desde a infância de Chespirito, quando surge o interesse pelo humor, até os anos de sucesso televisivo, findando na década de 1980. Seus bordões famosos, como “Foi sem querer querendo” ou “Ninguém tem paciência comigo”, surgem casualmente nas falas, como presentes para os fãs. 

Enquanto detalha curiosidades sobre a criação de programas e personagens como Chapolin Colorado e Chaves, a série também aborda a vida íntima do artista, sem se esquivar de temas delicados. A busca por apoio da mãe, que não aceitou a carreira artística no primeiro momento, é mostrada logo nos primeiros episódios.

Polêmicas retratadas
A vida amorosa de Bolaños também está exposta na série, que retrata o encontro com Graciela Fernández, primeira esposa e mãe dos seus seis filhos. Também não esconde o início do envolvimento com Florinda Meza, quando ele ainda era casado e ela estava noiva, despertando um conflito interno no criador. 

Rumores de brigas entre os atores sempre rondaram os bastidores de “Chaves”. Os primeiros episódios de “Chespirito” registram a saída do elenco de Carlos Villagrán, intérprete do Quico, por conta de divergências com o criador do seriado. Também ficam explícitos os problemas na convivência entre Florinda e os demais integrantes.  

Mudanças nos personagens
Florinda Meza e Carlos Villagrán não autorizaram que seus nomes fossem usados na série. Por isso, a intérprete de Dona Florinda recebeu o nome de Margarita Ruíz, enquanto o eterno Quico virou Marcos Barragán.

Em 2024, a viúva de Bolanõs criticou publicamente a produção. “Sei por uma boa fonte que, nesta biografia, não há respeito pela minha pessoa e muito menos pela verdade. Isso causaria grande dor ao Roberto. Mas quem se importa com a autorização ou a opinião de alguém que já partiu?”, disse a atriz. 

Elenco escalado
Pablo Cruz interpreta Roberto Gómez Bolaños na fase adulta. O elenco traz ainda Paulina Dávila como Graciela Fernández, Bárbara López como Margarita Ruíz, Arturo Barba como Rubén Aguirre (Professor Girafales), Andrea Noli como Angelines Fernández (Bruxa do 71), Miguel Islas como Ramón Valdés (Seu Madruga), Juan Lecanda como Marcos Barragán (Quico), Eugenio Bartilotti como Edgar Vivar (Senhor Barriga e Nhonho) e Paola Montes de Oca como María Antonieta de las Nieves (Chiquinha).

María Antonieta de las Nieves e Edgar Vivar, atores do elenco original de “Chaves”, fazem participações especiais na série, assim como Roberto Gómez Fernández e Esteban Valdés, filho de Ramón Valdés, o Seu Madruga.

Supervisão da família
A série tem direção artística de Roberto Gómez Fernández, filho de Bolanõs, e Rodrigo Santos, com direção geral de Santos. A produção foi acompanhada de perto pelos filhos do biografado, representados por Roberto e Paulina Gómez Fernández, uma de suas irmãs. 

“Sem dúvida, é o projeto mais importante da minha vida. Além de ser meu pai, estamos falando de uma lenda lenda a nível internacional. Sei que existem clubes de fãs no mundo inteiro que amam meu pai. Então, precisava haver muito respeito durante esses dois anos do processo. Hoje, vejo que o resultado não podia ter sido melhor”, comentou Roberto, durante entrevista coletiva para a imprensa. 

Para Rodrigo Santos, “Chespirito” entrega aos fãs a oportunidade de conhecer o homem por trás do ícone. “As pessoas conheciam o Chaves, mas não o Roberto. A série mostra a história familiar íntima dele e sua luta para chegar até onde chegou, mudando a história da TV para sempre”, afirmou. 

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