Como se preparar para o concurso da PF: aprovado conta como se preparou e dá dicas
Leonardo Lira compartilhou estratégias de estudo e destacou a importância de rotina
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Com provas marcadas para 27 de julho, o novo concurso da Polícia Federal oferece 1.000 vagas para os cargos de agente, escrivão, papiloscopista, perito criminal e delegado, com salários iniciais de até R$ 27.800.
As inscrições vão até 9 de outubro, e a lotação será preferencialmente em estados da Amazônia Legal e unidades de fronteira.
Mas, afinal, como se preparar para esse desafio? O policial federal Leonardo Lira, aprovado após seis tentativas, compartilhou dicas baseadas em sua trajetória até a aprovação.
Planejamento
Lira explicou que o primeiro o foi definir uma rotina compatível com sua realidade, especialmente por já trabalhar e estudar. “Foi necessário delimitar um número de horas realista e incluir o tempo para treino físico e descanso. Usava os fins de semana para revisar o que não consegui estudar na semana ou aprofundar matérias mais densas”, contou.
Segundo ele, cursinhos também fizeram diferença. “Mesmo quem já tem bagagem pode se beneficiar da orientação e atualização que um curso oferece, principalmente porque os editais da PF mudam de uma edição para outra”, afirmou.
Disciplinas
Português e informática foram, para Lira, as disciplinas mais estratégicas. “São matérias comuns a diversos concursos e com muitas questões. Quem vai bem nelas já começa a prova com boa vantagem”, avaliou.
Ele destacou ainda a importância de analisar provas anteriores da banca. “Foi essencial entender como o Cebraspe cobra os conteúdos. Eu filtrava por assunto, revisava no dia seguinte ao estudo e focava só nas provas da banca. Isso ajudou muito a fixar o conteúdo.”
Simulados
Lira recomendou a realização de simulados semanais como parte fundamental da preparação. “Simulado é jogo-treino. É onde o candidato testa tudo: tempo, alimentação, o que fazer com as questões difíceis, até idas ao banheiro. Mas, para funcionar bem, o ideal é ter uma base de estudo já consolidada.”
As revisões, segundo ele, também foram parte da rotina. “Minha estratégia era resolver questões sobre o que tinha estudado no dia anterior e usar os fins de semana para revisar os temas mais cobrados ou mais difíceis.”
TAF e saúde mental
Como o concurso exige Teste de Aptidão Física (TAF), Lira buscou orientação profissional. “Foi importante saber meu ponto de partida e montar uma estratégia de treino segura, que não atrapalhasse os estudos.”
Sobre saúde mental, foi direto: “Evitei falar demais que estava estudando para concurso, isso só aumentava a ansiedade. Me cerquei de pessoas que estavam no mesmo objetivo, mantive uma rotina de alimentação, treino e descanso. Isso fez diferença.”
Perfil
Para ele, a carreira na PF atrai perfis diversos. “Há espaço para quem sonha com operações e também para quem prefere investigação e trabalho técnico. A instituição valoriza essa diversidade.”
Um dos maiores desafios, segundo Lira, foi lidar com a lotação em áreas de fronteira. “Na teoria, todo mundo diz que está disposto a ir para qualquer lugar. Mas, na prática, estar longe da família ou adaptar a rotina do cônjuge pesa. Ainda assim, para quem tem paixão pela carreira, tudo isso se torna pequeno diante da realização.”
Primeira tentativa
Por fim, Lira deixou um conselho para quem vai tentar pela primeira vez: “Não se compare com os outros. Foque na banca, não na concorrência. Monte um plano realista, cumpra com consistência e pratique muito com questões. A aprovação pode vir logo, ou pode demorar. Mas, se houver constância e direcionamento, ela vem.”