Presidente do PT Recife descarta palanque duplo em 2026
Cirilo Mota acredita que a sigla deve caminhar junto ao PSB
O presidente do PT Recife, Cirilo Mota, descartou a possibilidade de palanques duplos nas eleições para o governo de Pernambuco em 2026. Segundo Mota, até mesmo o deputado estadual João Paulo (PT), que constantemente demonstra afinidade e aproximação com a governadora Raquel Lyra (PSD), deverá respeitar a decisão oficial do partido.
“Ele não vai ter nenhuma dúvida de que deve estar no palanque de Lula”, afirmou em entrevista a Rádio Folha FM 96.7, na manhã desta quinta-feira (5).
Declarações indicam que a tendência petista é caminhar junto ao PSB, partido que deve lançar o prefeito João Campos (PSB) como candidato ao pleito.
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Cirilo ainda destacou a importância de distinguir os diferentes contextos, pois o momento atual é marcado pelo exercício do mandato parlamentar por João Paulo, que, na condição de líder da bancada, adota uma postura de diálogo e compreensão em relação à governabilidade de Lyra. Já o cenário eleitoral, frisou, representa uma etapa distinta.
"Ele tem uma honestidade com o PT, que está acima dessa posição pessoal dele. Ele vai ter uma posição coletiva", disparou.
Aliança histórica
O presidente também pontuou que a relação entre as duas legendas é consolidada há muitos anos e reforça que "a aliança é definida pelo presidente Lula".
"Não só pelo processo histórico que ele [Lula] falou agora no Congresso Nacional, mas porque o PSB tem, dentro da sua composição ideológica, traços muito próximos ao que o PT defende", expôs.
Manutenção da vice
A consolidação dessa aliança aria, principalmente, pela manutenção do atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), na chapa em uma eventual candidatura de Lula à reeleição. Para Cirilo, esse movimento seria “natural”. Ele destacou que Alckmin é um aliado histórico e representa o tipo de vice “que todo presidente gostaria de ter”.
Apesar disso, ao ser questionado sobre a ausência de uma declaração explícita de Lula nesse sentido, Cirilo avaliou que o presidente evita antecipar definições eleitorais para não provocar instabilidade política.
“Ele não vai estabelecer uma crise política afirmando qual seria a posição de uma campanha eleitoral. Ele tem que falar enquanto governo. A campanha eleitoral ele vai falar em 2026”, justificou.