Empresários se reúnem com deputados para destravar pauta da Alepe e garantir avanços para o estado
Parlamentares apresentaram números e alegaram não serem os responsáveis pelo trancamento da pauta na Casa
Um grupo de empresários pernambucanos se reuniu com deputados estaduais nessa segunda-feira (2) para promover o diálogo entre os poderes e destrancar a pauta da Assembleia Legislativa.
Os representantes do setor produtivo do estado se colocaram à disposição da classe política para fazer uma interlocução e ajudar no melhor entendimento entre o Executivo e Legislativo. O objetivo é destravar as pautas de votação.
O presidente da Fiepe, Bruno Veloso; o presidente do Grupo Atitude, Halim Nagem; o presidente do conselho da Amcham em Pernambuco, Paulo Sales; e o empresário Guilherme Ferreira Costa participaram do encontro.
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Recepção
Como o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB) está em Brasília, oe empresários foram recebidos pelos presidentes das três principais comissões: Alberto Feitosa (PÇ), de Constituição, Legislação e Justiça; Antonio Coelho (União Brasil), de Finanças e Orçamento; e Waldemar Borges (PSB).
Além dos presidentes dos colegiados, participaram do encontro o deputado Antônio Moraes (PP), representando a base governista, e o deputado Cayo Albino (PSB) e o superintendente parlamentar, Álvaro Mendonça.
Os empresários iniciaram as conversas pelo Legislativo e, no fim da tarde, seguiram ao Palácio para uma reunião com os secretários da Casa Civil, Túlio Vilaça, e da Fazenda, Wilson de Paula.
“A Assembleia Legislativa nos fez uma apresentação que não está travando nada, não está criando nenhuma dificuldade e está apenas buscando algumas informações para poder entender a destinação dos recursos (dos pedidos de empréstimos feitos pelo Governo do Estado)”, explicou o presidente da Fiepe, Bruno Veloso.
O grupo ficou de agendar novas reuniões com lideranças políticas para construir um entendimento, inclusive, com a presença de representantes do governo do estado.
Estiveram presentes no encontro o presidente da Fiepe, Bruno Veloso; presidente do Grupo Atitude, Halim Nagem; presidente do conselho da Amcham em Pernambuco, Paulo Sales; e o empresário Guilherme Ferreira Costa. Entre os deputados, marcaram presença Antonio Moraes (PP), Antonio Coelho (UB), Coronel Alberto Feitosa (PL), e Waldemar Borges (PSB).
"Nossa missão não foi tentar mudar o entendimento ou o posicionamento dos deputados. Fomos para cumprir uma agenda que ressalta a importância de nos unirmos em torno de soluções para Pernambuco - acima de posições partidárias ou interesses pontuais", destacou o empresário Paulo Sales.
Segundo Sales, o estado precisa voltar a crescer de forma consistente, gerando oportunidades e riqueza. "Para isso, é essencial promover o diálogo, a convergência e o trabalho conjunto em torno desse objetivo comum", enfatiza Paulo Sales.
Durante o encontro na Alepe, foi destacado o incômodo do setor produtivo com o fato de que a “narrativa” construída nos últimos dias tem atribuído aos deputados a responsabilidade pelos entraves políticos. Halim Nagem ressaltou que o Atitude PE está cumprindo seu papel de conciliador.
“Estamos ouvindo o lado de vocês, como ouviremos o governo, para que o corpo técnico do Atitude analise os pontos de forma isenta e sem emoção, como já foi feito em outras situações”, afirmou.
O presidente da Comissão de istração Pública ressaltou ter sido importante o encontro para esclarecer as dúvidas dos empresários.
"Na reunião ficou claro que a Assembleia Legislativa não tem a menor responsabilidade sobre o não andamento de obras como a duplicação da BER-232 ou o Arco Metropolitano. O travamento da pauta foi uma iniciativa do Executivo", cravou o deputado Waldemar Borges.
O presidente do colegiado ressaltou que o governo do estado já dispõe de autorização de empréstimos maior que o espaço fiscal disponível.
"A não chegada de recursos ou a não execução de obras não se deve a qualquer empecilho colocado por deputados e deputadas. Isso não tem acontecido por problemas exclusivamente de gestão. E essa não é uma narrativa da Assembleia. É o que demonstram os números. Estamos respaldados por eles", enfatizou Waldemar Borges.
O empresário Paulo Sales considerou o encontro positivo. "Fomos muito bem recebidos e saímos confiantes de que podemos avançar e ajudar nesta missão enquanto sociedade civil organizada", observou.
Manifesto
Em paralelo, empresas e sindicatos do setor de combustíveis de Pernambuco aram o dia organizando um manifesto empresarial em defesa da imediata execução do Arco Metropolitano, obra considerada estratégica para a logística e a competitividade do Estado. A mobilização visa pressionar os Poderes a destravar o projeto e afastar o tema das disputas políticas que hoje impedem o início da construção.
Já cedo circulava pelas redes sociais nota dos Revendedores de Combustíveis de Pernambuco convocando a classe a o manifesto. Empresários reclamam dos transtornos na BR-101, entre Suape e Recife. Os constantes engarrafamentos que vêm gerando prejuízos ao setor.
Ime
O ime ocorre mesmo com o projeto concluído e os recursos assegurados, mas travado por divergências entre a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado, que, segundo o setor, discutem o redirecionamento de parte do orçamento originalmente destinado à obra. Os empresários temem que a verba seja direcionada para outras finalidades.
O setor enfrenta dificuldades logísticas crescentes, especialmente nas rotas de entrada e saída do Recife, como nas imediações da Vitarella e da Coca-Cola, em Prazeres.