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Deputados divergem sobre condução de audiência com secretários

Audiência só deve acontecer quando os pedidos de informação forem respondidos

O pedido de audiência pública solicitado pela deputada Débora Almeida (PSDB), na manhã desta terça-feira (3), durante reunião ordinária da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), só será atendido após o Executivo responder aos pedidos de informação encaminhados pela Casa ao Palácio do Campo das Princesas.

O presidente da CCLJ da Assembleia, deputado Alberto Feitosa (PL), defende que a discussão só pode avançar com as respostas e dados concretos em mãos.

“A gente vai marcar, mas só depois que chegar essa documentação. Essa é a minha pretensão”, explicou Alberto.

O deputado Waldemar Borges (PSB), relator da matéria referente ao pedido de empréstimo de R$ 1,5 bilhão, um dos projetos que tramitam em regime de urgência, concordou com a decisão do presidente da comissão.

Ele justificou seu posicionamento ao afirmar que a nova audiência não deve seguir os mesmos rumos da realizada com o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça.

“Ele chegou aqui e como a gente não tinha os dados, disse várias coisas e depois que fomos checar, não foi como ele disse”, rebateu, indicando que gostaria de receber os secretários antes da audiência. Segundo ele, desta maneira, a intervenção da Casa “seria mais produtiva”. 

Quem se mostrou favorável ao pedido de Débora, no entanto,  foi o deputado João Paulo (PT), justificando que a condução do processo tem sido “eminentemente política”.

“Quando não se quer, qualquer desculpa serve”, declarou o deputado.

Antônio Moraes (PP) também não hesitou em criticar a situação, afirmando que, em todos os anos de mandato, nunca testemunhou algo semelhante ao que vem ocorrendo na relação entre o Executivo e a Alepe. Ele chegou a dizer que, diante do cenário atual, “poderiam rasgar o regimento”.

“A gente tem que procurar ver se acaba com isso. Quem está perdendo não é a Assembleia Legislativa não, quem está perdendo é Pernambuco, por essa briga sem limites”, expôs Moraes. 

Débora sugeriu que a audiência pública fosse agendada para a próxima segunda-feira, dia 9, argumentando que o governo ainda teria o restante da semana para encaminhar as informações solicitadas pela Assembleia.

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